Comissão da revisão de Saneamento Básico e elaboração do Plano de Resíduos Sólidos esteve reunida

Na sexta-feira, dia 8 fevereiro, a Comissão encarregada da revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico e elaboração do Plano Municipal de Resíduos Sólidos esteve reunida com o objetivo de analisar os dados do questionário que foi aplicado, em dezembro de 2018, para subsidiar a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico de Agudo e do Plano Regional de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – CI Centro. De acordo com o resultado, 58,9% das pessoas que responderam a pesquisa residem na área rural. Sobre o abastecimento de água, 52,4% é de poço e 46,6% da CORSAN. A qualidade da água é aprovada por 76% dos entrevistados, no entanto, 37,2% relataram ter problemas com a cor e 32,6% com o gosto e 25,8% relatou ter falta de água somente em época da seca. 

Em relação ao abastecimento de água, os entrevistados sugeriram ter palestras sobre contaminação do solo; uso de menos cloro; melhorias nas tubulações e redes de abastecimento; solução para problemas de vazamentos; após a realização de consertos nas redes, os reparos nas ruas que ficam mal feitos; que fossem realizadas análises das águas dos poços; mais redes de água em localidades do interior que ainda não possuem; entre outros.

Hoje, 75,6% dos entrevistados possuem rede de esgoto em suas residências. Sobre o destino do esgoto, 38,9%  responderam haver fossa negra; 28,1% fossa séptica; 16,5% desconhecem o destino do esgoto. Sobre o Esgoto Sanitário, apontaram algumas sugestões e reclamações, como: implantar uma Estação de Tratamento de Esgoto; esgotamento sanitário deveria ser 100% tratado; instalar tubos em ruas que ainda não tem; fiscalização de irregularidades do interior; problemas no Bairro Caiçara, onde o esgoto cai direto para o Arroio e esgoto a céu aberto na Escola Dom Érico Ferrari.

A maioria dos entrevistados, 60,9%, reside próximo a algum córrego ou rio, destes, 49% observa algum tipo de vegetação para proteger as margens, 36,8% desta população também afirmou ver lançamentos de lixo nas margens do rio. Sobre a drenagem das águas pluviais, foi sugerida maior capacidade de tubulação para escoamento das águas da chuva e também bocas de lobo; colocar placas nas margens de arroio e rio para alertar sobre o lixo jogado; melhorar o sistema de drenagem da cidade; instalação de mais bueiros e limpeza de valetas nas estradas do interior.

A coleta de resíduos sólidos acontece três vezes por semana para 37,4% dos entrevistados e ao serem perguntados se os resíduos eram separados, houve quase um empate: 50,8% respondeu que não separa e 49,2% afirmou separar. Sobre o destino de resíduos orgânicos, 46,8% disse utilizar na horta. Agudo possui um EcoPonto, para a destinação de eletroeletrônicos e latas de tintas e ao serem perguntados se já haviam utilizado alguma vez, 68,8% dos entrevistados afirmaram que não. 80% dos moradores da zona rural costumam trazer os resíduos sólidos para a cidade e depositar nas lixeiras disponibilizadas pela Prefeitura.

Sobre os resíduos sólidos, foi sugerida, pelos entrevistados, a implantação da coleta seletiva e reciclagem do lixo e com isso, ações de sensibilização e educação para a população; ter um local adequado para depositar; realizar a coleta de lixo ao menos uma vez por mês nas localidades do interior. Houve relatos de pessoas do interior que não sabem o que fazer com o lixo e acabam queimando o mesmo. Conforme a Comissão, muitas das sugestões constarão como metas nos respectivos planos. Uma Audiência Pública deverá ser feita para validação de cada meta.